Carro elétrico vs. combustão: qual modelo tem menor custo de propriedade?

A tendência geral é positiva, mas é essencial considerar alguns fatores macroeconômicos que podem causar variações no custo total de propriedade dos veículos elétricos.

Neste material, analisamos o custo total de propriedade (TCO) entre veículos elétricos e veículos a combustão para comparar as diferenças no que diz respeito aos aspectos financeiros.

Continue lendo e confira o resultado da análise!

Para comparar o custo total de propriedade dos veículos à combustão e elétricos é importante analisar o mesmo conjunto de parâmetros em ambos os casos:

• •
  financiamento;
• •
  impostos diretos e indiretos;
• •
  manutenção;
• •
  pneus;
• •
  seguro com cobertura abrangente;
• •
  orçamento de energia (combustível ou eletricidade).

O orçamento de energia é um dos fatores de custo mais significativos na diferença entre as duas tecnologias. Principalmente devido ao valor bem menor da eletricidade em comparação com os combustíveis fósseis tradicionais.

O preço da eletricidade pode variar mais entre diferentes regiões e países em comparação com a gasolina e o diesel. Por exemplo, estações de carregamento rápido ao longo de rodovias são normalmente mais caras do que carregar o carro elétrico em casa.

Para fazer os cálculos nessa análise, foi considerada uma combinação de 60% de carregamento doméstico, 30% no local de trabalho e 10% de carregamento público, utilizando o preço médio de cada um desses pontos de recarga.

É importante destacar que os avanços na tecnologia de carros elétricos, na infraestrutura de carregamento e fatores macroeconômicos, como custos de energia, impostos, inflação e taxas de juros, podem introduzir mais volatilidade em futuras avaliações de custo total de propriedade.

Sendo assim, essa análise não é definitiva. O ideal seria monitorar os custos e fazer a adaptação dos fatores de forma contínua. Assim, é possível fazer uma comparação justa entre os elétricos e os modelos à combustão, inclusive para continuar acompanhando a evolução do cenário de mobilidade elétrica.

O mercado de elétricos tem apresentado um bom desempenho no Brasil. Em 2024, foram emplacados 177.358 carros elétricos e híbridos em nosso país, um número 89% maior do que em 2023.

Só em dezembro de 2024, foram realizadas 21.634 vendas de carros elétricos e híbridos. Considerando apenas os modelos 100% elétricos, as vendas bateram mais de 61 mil unidades também em 2024.

Um dos aspectos que vêm contribuindo para essa popularização é a economia que esse tipo de carro pode trazer. A seguir, apresentamos um comparativo para que você saiba mais dos custos de propriedade dos veículos elétricos em comparação com os modelos à combustão.

Valor inicial Os elétricos, geralmente, vêm com um valor inicial mais alto do que os carros tradicionais. Hoje, o carro elétrico mais acessível parte de R$ 99.900,00.

Em 2024, o valor médio dos modelos 100% elétricos foi de R$ 466.842. Já os modelos à combustão tiveram um preço médio de R$ 270.926.

A longo prazo, é possível obter o retorno desse investimento, isso porque uma viagem com um carro elétrico gera uma economia de 72% comparado com os modelos à combustão. Sem falar que os elétricos têm menos componentes móveis, o que, geralmente, requer menos manutenção.

Peso e torque Os veículos elétricos tendem a ser mais pesados do que os modelos à combustão devido às baterias. Essa diferença de peso pode ser de 200 a 300 kg, comparando os elétricos com seus similares tradicionais.

Apesar disso, estamos falando de carros com uma resposta muito rápida. O torque deles é mais alto e a aceleração ocorre praticamente de forma imediata. A soma dessas duas características leva ao maior desgaste dos pneus e a custos mais altos com eles em comparação com modelos à combustão.

Eficiência energética A eficiência energética é a maior vantagem dos elétricos. Como você leu há pouco no exemplo da viagem, é possível fazer uma grande economia, justamente em função de o elétrico ser mais eficiente. Inclusive, o torque alto contribui para essa redução de custo.

As características do veículo elétrico e dos modelos tradicionais podem atender a necessidades e expectativas diferentes. Cada um deles também apresenta custos que podem ser mais altos ou mais baixos, ainda em função de suas características e da tecnologia agregada.

Entretanto, considerando todos os elementos, o custo total de propriedade dos elétricos é ligeiramente vantajoso em relação ao de um veículo a combustão. Ainda que eles tenham um valor inicial mais alto, em longo prazo, é possível obter um retorno em função da economia gerada, do excelente desempenho e da melhor eficiência.

Mas essas comparações variam significativamente de um país para o outro. Naqueles com mais estrutura para atender aos veículos elétricos, o custo de propriedade desses modelos tende a ser mais vantajoso do que em mercados menos maduros, moldando um cenário diverso na adoção e viabilidade econômica dos elétricos globalmente.

Aqui no Brasil, por exemplo, a infraestrutura para os proprietários de modelos elétricos ainda está em processo de desenvolvimento. Por isso, é importante que a aquisição seja feita de uma forma planejada, inclusive pensando no uso que será feito do veículo, nos lugares por onde ele vai transitar, na disponibilidade de pontos de recarga, entre outros detalhes.

De toda forma, existe também a opção dos modelos híbridos, aqueles equipados com o motor à combustão e o motor elétrico. Eles são uma boa alternativa para explorar a autonomia proporcionada pelos combustíveis tradicionais, ao mesmo tempo em que se desfruta da eficiência e da economia proporcionada pelos modelos elétricos.

Assim, é possível obter o melhor das duas realidades e ainda contribuir para a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera. Se você está considerando a aquisição de um modelo elétrico ou a aquisição de uma frota elétrica, no primeiro momento precisará de um investimento mais alto, porém, como a análise mostrou, o custo de propriedade é menor.

Gostou das informações deste conteúdo? Então, compartilhe nas redes sociais.