
Acidentes causados por distração ao volante: estatísticas
De acordo com estudos realizados pela RACE, as distrações são responsáveis por metade dos acidentes fatais. Segundo o Allianz Technology Center (AZT), um terço dos acidentes deve-se, em parte, a distrações dos condutores.
É essencial conhecer as distrações mais comuns ao volante e evitá-las. Caso contrário, estará a colocar em risco a sua segurança e a das pessoas à sua volta. A seguir, pode encontrar os tipos de distrações mais comuns ao volante.
Os outros ocupantes do veículo
A realidade é que os passageiros são a causa de 77% das distrações durante a condução. Neste caso, estamos a falar de um amplo espectro de possibilidades, entre as quais se destacam as crianças e os animais de estimação. Virar a cabeça ou olhar pelo espelho retrovisor faz com que se perca a atenção à estrada, o que pode ter consequências fatais. Infelizmente, três em cada quatro condutores reconhecem fazê-lo quando viajam na companhia de crianças pequenas ou animais.
Por conseguinte, o mais aconselhável nessas circunstâncias é preparar adequadamente a viagem, antecipando qualquer eventualidade que possa surgir. Desta forma, não será necessário prestar-lhes atenção durante a viagem.
Utilizar o telemóvel
Com o surgimento dos smartphones, as distrações ao volante aumentaram exponencialmente ao longo dos anos. Falar ao telemóvel sem utilizar um dispositivo mãos-livres aprovado é uma das principais causas de distração durante a condução. No entanto, atualmente, a utilização de telemóveis inclui um vasto leque de funcionalidades que geram uma grande perda de atenção durante a condução.
Apesar de a esmagadora maioria dos condutores inquiridos afirmar que falar ao telemóvel sem utilizar um dispositivo mãos-livres os distrai e aumenta consideravelmente o risco durante a condução, 46% deles admitem distrair-se ao utilizar estes dispositivos para verificar mensagens, redes sociais, etc.
A DGT (Autoridade de Trânsito em Espanha) tem vindo a relatar repetidamente que o uso do telemóvel faz com que o condutor perca a capacidade de manter uma velocidade constante, não consiga manter a distância de segurança nem perceba metade dos sinais de trânsito, se confunda no seu itinerário e aumente o seu tempo de reação em meio segundo a dois segundos. O resultado é que as probabilidades de se envolver num acidente de viação aumentam entre 5 a 10 vezes.
Estudos recentes também mostram que usar dispositivos mãos-livres para realizar longas conversas telefónicas ou participar em reuniões a partir do carro é tão perigoso quanto ter o telemóvel na mão. Use o seu dispositivo mãos-livres apenas para realizar conversas breves.
Manipulação dos dispositivos do próprio veículo
54% dos condutores admitem utilizar os dispositivos presentes no seu veículo enquanto conduzem, nomeadamente o navegador GPS, o sistema de climatização, a música ou os espelhos retrovisores.
Em geral, recomenda-se limitar-se a controlar os dispositivos integrados no veículo, utilizando sempre os comandos no volante ou os sistemas avançados de comando de voz.
Desviar o olhar da estrada
Trinta e oito porcento dos condutores admitem distrair-se na presença de um veículo acidentado. Tal resulta numa diminuição da velocidade e numa perda considerável de concentração na estrada. Os acidentes não são a única causa de distração dos condutores. Os painéis publicitários, bem como certos objetos presentes na paisagem, também contribuem para reduzir a atenção dedicada à condução.
Excesso de confiança
O excesso de confiança é uma das causas mais mal geridas pelos condutores, especialmente os mais experientes ou que fazem o mesmo trajeto repetidamente.
O excesso de confiança é uma das causas mais negligenciadas pelos condutores, especialmente os mais experientes ou aqueles que fazem o mesmo trajeto repetidamente.
O hábito de fazer o mesmo trajeto repetidamente cria uma falsa sensação de segurança que faz com que os sentidos se distraiam e a mente se concentre noutros pensamentos que não a condução. O caso mais grave de excesso de confiança ocorre quando se conduz com fadiga ou sono.
Infelizmente, ainda há muitos condutores que se consideram capazes de continuar a conduzir, apesar de apresentarem sinais evidentes de sonolência. Para evitar acidentes graves, o melhor conselho é parar e descansar.
Outros hábitos perigosos que geram distrações ao volante
Embora estatisticamente sejam casos mais isolados, deve igualmente ser observado que os condutores realizam muitas outras atividades ao volante que não estão relacionadas com a condução em si e que representam uma perda quase total da atenção à estrada.
Entre essas atividades, destacam-se: procurar objetos no porta-luvas; ler documentos por momentos; maquilhar-se; acender e fumar um cigarro; e, claro, comer e beber dentro do veículo. Todas estas atividades podem parecer inofensivas, mas constituem uma séria distração ao volante, com consequências potencialmente graves.
Boa Viagem!