
Importância dos extintores em veículos industriais
Ter extintores em veículos industriais não deve ser uma decisão tomada apenas após um acidente ou incidente com potencial para causar vítimas. Deve ser uma escolha responsável e coerente com a segurança, não só dos condutores e passageiros da frota, mas também dos outros automobilistas e peões na estrada.
Há vários aspetos a considerar ao equipar os veículos industriais com extintores: o número de extintores — consoante a utilização —, o tipo, a forma e as situações em que podem ser necessários.
Porque se deve usar extintores em veículos industriais?
Há várias razões. Mas comecemos pela mais básica: tal como o cinto de segurança, o apoio de cabeça ou os espelhos retrovisores, o extintor é um elemento obrigatório de segurança em todos os automóveis e, com maior razão, numa frota de veículos industriais que, pela sua função, pode transportar substâncias químicas ou combustíveis inflamáveis.
O incêndio num veículo pode acontecer por várias causas, mas a mais comum está relacionada com falhas mecânicas ou elétricas. Por isso, garantir a manutenção regular e profissional dos veículos industriais não é só necessário — é uma medida que reduz o risco de incêndio.
Um extintor é um equipamento desenhado para uma função específica. É essencial para garantir a segurança de qualquer veículo, seja industrial, familiar ou desportivo.
Sabia que os veículos fabricados após 2005 produzem incêndios mais intensos e atingem temperaturas mais altas do que os modelos do século XX?
A razão é simples: os carros mais antigos — há 20 anos — eram construídos com carroçarias metálicas. Assim, no caso de incêndio, apenas os tecidos dos bancos e o combustível eram elementos inflamáveis.
Já nos veículos fabricados neste século, utilizam-se plásticos e resinas altamente inflamáveis em praticamente toda a estrutura: tablier, tejadilho, carroçaria e até para-choques. Isto ajuda a reduzir o peso e melhorar a eficiência do carro, mas também aumenta significativamente o risco e a velocidade de propagação do fogo.
Tipos de extintores
Existem basicamente três tipos de extintores adequados a veículos industriais. São identificados pelas letras A, B e C, conforme o material em combustão:
- Classe A: madeira, cartão, plástico
- Classe B: óleos, gasolina, tintas, gasóleo, solventes, Varsol
- Classe C: gases como butano, propano, gás natural ou de cidade
Existe ainda a classe D — menos comum — utilizada para incêndios com metais como magnésio, sódio ou pó de alumínio. Se a indústria servida pelos veículos trabalhar com este tipo de metais, é recomendável incluir extintores classe D.
Mas será necessário transportar os quatro tipos de extintores? Não.
Existe um tipo chamado ABC, que reúne as propriedades dos três tipos mais comuns. Assim, uma frota precisa apenas de extintores de pó químico ABC e, se aplicável, um tipo D.
O que fazer em caso de incêndio?
Manter a calma é a primeira recomendação. E ter o extintor à mão — não guardado no porta-bagagens debaixo do pneu suplente.
Mas de nada serve o extintor estar acessível se não funcionar. Por isso, deve integrar a rotina de segurança a verificação regular do extintor:
- Verificar se os selos e pinos estão intactos.
- Garantir que não há sinais de danos externos, ferrugem ou corrosão.
- Confirmar que o indicador de carga está na zona verde.
- Assegurar que o bico de saída não está obstruído.
O pó pode aglomerar com o tempo, por isso vale a pena agitar suavemente o extintor uma vez por mês para evitar que solidifique.
Notas importantes:
- Fumo branco e sem cheiro não indica incêndio — é vapor, sinal de problema no radiador.
- Fumo escuro com cheiro indica o início de um incêndio.
- Se surgir fogo no motor, não se deve abrir o capô completamente — entra oxigénio e o fogo aumenta.
- Ao menor sinal de fogo, parar o veículo e evacuar com o extintor.
- Se possível, identificar a origem e apontar o extintor para a base da chama — nunca para o fumo.
Boa viagem!