Medo de conduzir: dicas para lidar com a amaxofobia

É claro que há uma diferença entre o medo saudável ou admissível, que é natural em pessoas que nunca conduziram ou que passaram por uma experiência traumática — um acidente —, e o medo patológico e excessivo que impede totalmente uma pessoa de realizar essa atividade.

A amaxofobia é o medo patológico de conduzir um carro. Quando dizemos patológico, queremos dizer que a própria ideia de ter de realizar esta atividade - conduzir um carro - gera distúrbios físicos na pessoa. Esta fobia afeta pessoas de ambos os sexos. As estatísticas na Europa indicam que ocorre em pessoas entre os 30 e os 40 anos de idade e afeta cerca de 6% da população. Alguns casos extremos de amaxofobia podem destruir a vida social, laboral ou profissional de uma pessoa. O medo toma conta delas a tal ponto que as impede de usar um veículo, mesmo que não sejam as condutoras.

As pessoas que sofrem desta patologia devem compreender que são vítimas de um medo irracional. Tal como acontece com todas as fobias, devem receber ajuda terapêutica profissional para estabelecer o tratamento mais adequado. Nem todos os casos são iguais e não têm a mesma origem.

Poucos casos de amaxofobia são congénitos ou não têm uma explicação óbvia. No entanto, eles existem, mesmo que sejam muito raros.

Entre as causas mais comuns do medo de conduzir, temos:

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  Um ataque de pânico ou um estado de ansiedade causado por um engarrafamento.
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  Ter sofrido um acidente de trânsito traumático.
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  Ouvir uma história sobre um acidente de carro na infância ou perder alguém próximo devido a um acidente de carro.
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  Ver imagens sobre acidentes de trânsito, que afetam a sensibilidade das pessoas, em filmes, vídeos, documentários
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  Em algumas pessoas, com circunstâncias psicológicas pré-existentes, a visão de um grande número de carros num engarrafamento pode desencadear a fobia.

Na maioria dos casos, a vítima de amaxofobia deve ser tratada com terapia cognitivo-comportamental, que aborda diretamente os sintomas produzidos pela ansiedade, oferecendo um plano de trabalho ao paciente, de acordo com as origens da patologia.

O simples medo de conduzir não evidencia a existência de amaxofobia. Como já observámos, existe um medo natural, que pode ser controlado e tratado. No entanto, quando os seguintes sintomas aparecem, devemos prestar atenção, porque estamos perante uma vítima desta fobia:

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  Ataques de ansiedade tão fortes que causam pânico, tremores, suores frios, arritmia cardíaca.
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  Sensação de falta de autocontrolo, levando a choque emocional e ao aparecimento de pensamentos dramáticos em que a pessoa tem medo de causar um acidente.
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  Antes de ter a fobia, a pessoa começa a ficar muito defensiva, a circular lentamente, nas faixas lentas, apenas nas ruas próximas à sua residência. Geralmente, no início, o paciente deixa de conduzir à noite.
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  Eventualmente, o paciente deixa de conduzir completamente.

A amaxofobia, como qualquer outra fobia, geralmente tem uma origem óbvia, mas também está geralmente ligada à existência de certos fatores, como extrema sensibilidade, baixa autoestima ou mesmo outras fobias.

O tratamento deve ser realizado por profissionais das áreas de psicologia ou psiquiatria, se necessário. Portanto, as recomendações que partilhamos abaixo são apenas um guia que não pretende substituir a ajuda profissional:

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  Superar a amaxofobia é uma tarefa que requer muito trabalho mental. Portanto, é importante que o paciente assuma um compromisso real. Que realmente queira superar a fobia e que esteja psicologicamente preparado para enfrentar a influência das emoções que possam existir.

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  Ao decidir superar essa fobia, com a ajuda de um especialista, é importante tentar determinar a origem do medo. Muitas pessoas começam a sofrer desse medo após sofrerem um acidente, mas outras nunca conseguem descobrir a raiz do problema. Conhecer a origem ajuda a descobrir a solução muito mais rapidamente.

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  O medo de conduzir faz com que a vítima dessa fobia se sinta mal só de sentar-se ao volante. Um bom começo é realizar terapias dentro do carro, estacionado na garagem.

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  É conveniente dar pequenos passos de cada vez, sob supervisão profissional e em uma área tranquila que reforce a ideia de segurança.

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  Depois de passar pela fase da área tranquila, pode passar para áreas com maior movimento, sempre sob a supervisão de profissionais da área da psicologia e da segurança automóvel.

  Se achar que o medo que sente ao dirigir é incontrolável e que produz episódios de ansiedade e pânico, a melhor coisa a fazer é procurar imediatamente um profissional de saúde mental.

Lembre-se de que grande parte do sucesso em superar essa ou qualquer fobia está no seu desejo real de alcançá-lo.

Boa viagem!